FACESP mobiliza comunitários para protesto na ALESP contra a privatização da SABESP


Publicada dia 20/11/2023 12:46

Dezenas de entidades representativas da sociedade, partidos e parlamentares, se reuniram em frente a ALESP, nesta quinta (16), para mais um protesto que demonstra a indignação da maioria da população, que já se manifestou em pesquisas, contra a privatização da SABESP. O ato começou ás 12:30h e se estendeu até ás 18h, com falas de parlamentares, lideranças sindicais e de movimentos sociais ligados as Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo.

Os parlamentares dos partidos progressistas também discursaram antes da audiência pública. O deputado Guilherme Cortez (PSOL) lembrou da CPI da ENEL, que deixou milhões de paulistas durante uma semana sem luz e sem atendimento. “A iniciativa privada não é capaz de atender o interesse da população. Não podemos esperar pra fazer uma CPI da Sabesp privatizada como está acontecendo com a ENEL”, disse o parlamentar. Já, Amazonas, presidente PCdoB, na capital, disse: “Se os deputados tivessem compromisso com o interesse público estariam fazendo uma audiência aqui fora olhando para o povo, dialogando com o povo e seguindo a vontade da população”.

O presidente da CTB, Rene Vicente, afirmou que Tarcísio de Freitas ignora a opinião da população. “O povo se manifestou uma vez sobre a privatização. 53% dos paulistas são contra a privatização da SABESP. Realizamos um plebiscito popular em que a população participou e também expressou em sua grande maioria não apoiar o projeto de Tarcísio. O povo não quer a privatização da Sabesp, nem do metrô e nem da CPTM”. Narciso Soares, vice-presidente do sindicato dos metroviários, destacou a unidade dos movimentos em torno dos serviços públicos. “É muito importante fortalecer nossa unidade pra não deixar privatizar a Sabesp”.

O Projeto de Lei 1501/2023, que permite a privatização da SABESP tramita na ALESP num ritmo acelerado, através de uma manobra da base governista que juntou as três comissões para apreciar ao mesmo tempo o PL. Os metroviários, trabalhadores do saneamento e ferroviários em parceria com professores estaduais planejam nova greve para parar a Capital e a Grande SP no dia 28 de novembro em repúdio às privatizações do governo do Estado e aos ataques à educação.

Do lado de dentro da Assembléia, ocorria a audiência pública, onde os deputados da oposição se posicionaram contra a base parlamentar de Tarcisio, que se acovardou e não teve coragem de falar ao povo que estava do lado de fora. Por outro lado, provocadores foram contratados como platéia para aplaudir a proposta apresentada secretária de Meio Ambiente, infraestrutura e Logística do governo de SP, Natália Resende. Segundo ela, a privatização em São Paulo será diferente de experiências que fracassaram pelo mundo.

José Faggian, presidente do SINTAEMA , a rebateu: “Os franceses, os alemães e os estadunidenses não sabem fazer contrato? O problema da privatização é a característica e a essência, que é a obtenção do lucro”, disparou Faggian. Ele citou a privatização do saneamento na Inglaterra e Reino Unido, que começou no início da década de 80 e se mostrou um fracasso ao longo das décadas.

por Tonhão – Comunicação FACESP

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