Movimentos não aceitam chacina como justiça

Publicada dia 01/11/2025 10:24

O ato convocado por entidades do movimento negro, como: UNEGRO, MNU, Uneafro, Marcha de Mulheres Negras e Coalizão Negra, denominado “Chamada geral contra a morte: o Estado mata negros e pobres no Rio de Janeiro e no Brasil”, mobilizou milhares de pessoas por todo o Brasil, envolvendo 15 capitais e outras dezenas de municípios, para protestar contra a operação que deixou 121 mortos no RJ.

Em São Paulo e nos demais estados teve também a adesão das Frentes Brasil Popular e Povo Sem medo. Na Capital o ato reuniu cerca de 5 mil pessoas na Av. Paulista, fazendo uma caminhada até a Praça do Ciclista, e ouvindo os discursos e palavras de ordem de inúmeras lideranças e parlamentares que protestavam contra o assassinato coletivo ordenado pelo governador Cláudio castro. Centenas de PMs acompanharam a manifestação, mas não houve qualquer ocorrência.

No RJ, o ato teve a organização do movimento negro e entidades como: Instituto Papo Reto, Raízes em Movimento e Voz das Comunidades. Uma das participantes, a dirigente sindical Raimunda de Jesus criticou o modo como os moradores foram tratados. “A forma que aconteceu aqui não acontece na zona sul, nas áreas mais ricas, que lá também tem bandidos. Então, não é da mesma forma. Então, aqui, nós que moramos na periferia, somos discriminados. O Estado não pode nos ver como inimigos. O Estado tem que tratar e cuidar do seu povo, da sua população”.

Muito mencionado pelos manifestantes, que não foi a primeira vez que chacinas como essa acontecem no RJ e no Brasil, o que salta aos olhas desta vez é a quantidade de mortes, o seu planejamento midiático e teatral, e principalmente uma motivação política, eleitoral e ideológica que envolvem interesses dos EUA de usar o tráfico de drogas como pretexto para atacar a soberania dos países da América Latina, como é o caso da Venezuela e Colômbia, reclassificando crime organizado como organização terrorista.

por Tonhão – Comunicação FACESP