O povo na rua pela moradia digna, contra os despejos e a violência policial


Publicada dia 13/06/2025 12:34

A campanha Despejo Zero, juntamente com a FACESP e as entidades associadas, colocaram milhares nas ruas do centro de São Paulo nesta quarta (11), com a concentração na Praça da República. A grande manifestação que reuniu mais de 5 mil pessoas foi preparada em duas reuniões, a partir dos ataques dos governos municipal e estadual, e da PM, contra as Comunidades do Moinho e do Jd. Pantanal.

Com o lema “Por moradia digna, pelo fim dos despejos e da violência policial”, os movimentos apostam na unidade para reagir a uma ofensiva sem precedentes praticada contra os pobres, e vulneráveis. Por isso, os alvos dos manifestantes foram órgãos públicos que atentam contra os direitos sociais e humanos ou aqueles que deveriam mediar os conflitos e proteger a população.

A manifestação teve como pauta central a defesa do direito à moradia digna, o fim da repressão a ocupações urbanas e o combate às ações violentas da Polícia Militar. Os organizadores denunciam a avalanche de remoções forçadas sem alternativa habitacional, a criminalização das famílias que lutam por teto e a omissão do poder público diante da crise habitacional que atinge milhares de pessoas em situação de vulnerabilidade.

No roteiro do ato, a primeira parada foi na prefeitura de São Paulo, onde Tonhão, diretor da FACESP, falou de cima do caminhão de som: “o prefeito Nunes deveria combater o déficit habitacional e não aumentar o número de “sem tetos” com seus despejos administrativos, sem ordem judicial. Lá, formou-se uma comissão de representantes de ocupações e dos movimentos que exigiu ser recebida para entrega de um ofício. A Diretora Angeli representou a FACESP.

O mesmo ocorreu nos demais prédios visitados: Secretaria de Segurança Pública – governo Tarcísio de Freitas, onde Tonhão fez parte da Comissão pela FACESP, Ministério Público e Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), no qual a FACESP foi representada por seu Diretor, André Araújo. Em todos esses órgãos, documentos foram protocolados, exigindo providências e respeito a dignidade humana, principalmente por conta do Derrite, que apóia a violência policial, que cresceu 60%.

A Campanha Despejo Zero que ganhou notoriedade em 2020, durante a pandemia do Covid, estima a partir de um mapeamento colaborativo que existem atualmente 126 mil famílias com ameaça de despejo em todo o Estado, o que representa mais de meio milhão de pessoas nessa situação, das quais 334.152 são pessoas negras, 315.504 são mulheres, 86.184 são crianças e 84.682 são pessoas idosas.

Inúmeras entidades e ocupações acompanhadas pela FACESP estiveram no protesto que se encerrou por volta das 18 horas. A campanha voltará a se reunir virtualmente na próxima segunda (16) para fazer a avaliação do ato e pensar os passos seguintes da resistência aos despejos

por Tonhão – Comunicação FACESP

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