FACESP mobiliza para Audiência Pública sobre a SABESP e diz um NÃO A PRIVATIZAÇÃO


Publicada dia 28/04/2024 16:25

Aconteceu neste sábado(27) a Audiência Pública promovida pela Câmara Municipal, através da Comissão de Política Urbana. A proposta da base aliada do Prefeito Ricardo Nunes foi apresentada pelo relator do projeto (PL 163/2024), Sidney Cruz, onde na introdução mencionou que ele próprio havia feito mais emendas no projeto para melhorá-lo e teria apoio de seus pares da base governo.

O presidente da Comissão de Política Urbana, Rubinho Nunes, que havia chegado há 10 minutos do final da audiência no último sábado(20), em Parelheiros, desta vez sequer apareceu, demonstrando seu usual desrespeito aos munícipes. Nenhum vereador ligado a Ricardo Nunes apareceu para defender a privatização. Apenas o deputado Carlos Giannazi e os vereadores Silvia (bancada feminista) e Celso Giannazi compareceram para defender a SABESP como empresa pública.

A FACESP fez uma mobilização ampla, e somada a outras organizações, colocaram a maioria das pessoas presentes no CEU Guarapiranga. A minoria dos que vieram, eram lideranças de bairro, cabos eleitorais do vereador Milton Leite e simpatizantes de Bozonaro, que sem nenhum conhecimento e com argumentos vazios ou falsos, defenderam a privatização da empresa, baseada na fala do relator.

Dentre os que se colocaram contra a privatização, haviam argumentos sólidos como o interesse da especulação financeira (incluindo Paulo Guedes), o fato da empresa ser altamente lucrativa, os exemplos no Brasil e no mundo do fracasso da privatização do saneamento e de outros setores como energia, transporte e até o serviço funerário da Capital. Pesa ainda a pesquisa da Quaest que indica que 61% dos paulistanos são contra a privatização e apenas 29% são a favor.

Os diretores da FACESP, Tonhão e André falaram da responsabilidade que as lideranças deveriam ter com a população, em vez de ficar atrelados a vereadores privatistas. Falaram que mudanças cosméticas no contrato não alteram o mal que vai fazer e que a prefeitura de SP subtrai recursos do FMSAI, quando não paga suas contas a SABESP. Também foi observado com ênfase que a SABESP virou moeda de troca para atender interesses escusos de natureza econômica e eleitoreira.

A audiência encerrou-se mais uma vez aos brados de “não, não, não a privatização, privatizar a SABESP é coisa de ladrão”. Também foi informado que na próxima segunda(29) haverá uma manifestação em frente a Prefeitura de São Paulo, para tornar pública a indignação de todo o povo que já sofre com as privatizações diariamente dos trens, da energia elétrica e do serviço funerário.

por Tonhão – Comunicação FACESP

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