Um ato de sensatez e outro de barbárie
Publicada dia 20/04/2020 11:48
por Antonio Pedro (Tonhão)
Na sexta-feira(17), o Senado enterrou o que seria o segundo golpe nos trabalhadores, a MP 905 de Bolsonaro, que criava a anti-patriótica carteira “verde e amarela”, uma “minirreforma trabalhista” que mexia em 86 artigos da CLT – para pior, claro – retirando direitos para empregados até 29 anos que durante 24 meses receberiam no máximo 1,5 salário mínimo, não teriam seu INSS pago pelo empregador, a multa do FGTS cairia de 40% para 20% e a alíquota patronal baixaria de 8% para 2%. Até 25% dos trabalhadores poderiam ser contratados nessa modalidade. Não é difícil chegar a conclusão que o empresário demitiria 25% de seus trabalhadores com salário mais alto, para contratarem outros para ganharem pouca mais que 1 salário mínimo.
Neste sábado, e principalmente domingo a marcha “walking dead” bolsonarista mais uma vez contrariou as orientações para não aglomeração e isolamento social, e de forma indecorosa desfilou pela Avenida Paulista, o bloco em defesa do Coronavírus, conforma prega seu chefe, Bolsonaro, justamente em São Paulo, que tem maior número de casos no Brasil. Mas eles foram além, defenderam a volta do AI-5, a Ditadura Militar e o fechamento do Congresso e STF, ou seja o fim da democracia. Atacaram o presidente da Câmara, Rodrigo Maia e o Governador de SP, por se colocarem contra as insanidades do Presidente. O ato dos insensatos foi repudiado por moradores de prédios que lançaram ovos contra os veículos durante o percurso da carreata. Em Brasília, em frente a um quartel do exército, Bolsonaro, mesmo tossindo, deu apoio a sua manada de apoiadores desnorteados.