Um 7 de Setembro patriótico construído pelos movimentos sociais, contra o lesa pátria – Bolsonaro
Publicada dia 09/09/2021 10:54
Este foi um “7 de Setembro” diferente dos anteriores, onde o “Grito dos Excluídos”, relembra que parte da sociedade ainda não tem voz. Desta vez, a Campanha Nacional Fora Bolsonaro optou por transformar esta data num dia nacional de luta para se contrapor a manifestação chamada por Bolsonaro e sua boiada, principalmente em Brasília e São Paulo. Os movimentos sociais, sindicais e partidos progressistas realizaram atos em 200 cidades e também no exterior, reunindo 300 mil pessoas nos protestos. Foi o 5º ato ocorrido desde maio, chamado pela “Campanha”, que congrega 80 entidades.
Em geral os atos pelo país, transcorreram de forma pacífica, devido aos cuidados tomados pela coordenação de cada estado, que dialogou com os órgãos públicos, buscando evitar qualquer tipo de infiltração ou provocação de seguidores do presidente. São Paulo fez um grande ato, mesmo durante um feriado prolongado, colocando 50 mil pessoas no Vale do Anhangabaú. Os mais diversos setores participaram de forma direta ou indireta do ato; houve fala ecumênica, comunidade indígena, negros, jovens, trabalhadores, mulheres e outros.
Enquanto no Anhangabaú, a “Campanha” distribuía 15 toneladas de alimentos pelo MST, a famílias carentes, e os manifestantes pediam democracia, vacina, emprego e o fim da carestia, lá em cima na Paulista, essas pautas pareciam estranhas. Pediam o fim da democracia, impeachment de ministros (STF) que investigam os crimes do governo, defesa do voto impresso com ataques ao TSE e o fuzil, em vez do feijão. Importante a revelação de videos, onde pessoas recebiam dinheiro para vestir camisa de Bolsonaro, provavelmente pago por empresários descompromissados com o Brasil. Mesmo assim seu ato com 125 mil pessoas foi muito aquém do prometido – não apareceram os milhões esperados – mostrando seu isolamento.
A FACESP, que compõe a FBP – Frente Brasil Popular / Campanha Fora Bolsonaro/SP e entende que Bolsonaro acabou com o Programa Minha Casa Minha Vida, disse: “o 7 de setembro simboliza a soberania do Brasil, e um presidente que bate continência a bandeira americana e reúne além dessa, a bandeira israelense em seus atos – duas potências opressoras – não está a altura de falar de patriotismo, muito pelo contrário, é um traidor do povo brasileiro, para o qual governa de costas”, concluiu. A presidenta da FACESP – Maura Augusta, e os diretores Freitas, Nilda, Alaor, além de Darcy e outros companheiros do MNPR estiveram no ato.