Mulheres exigem nas ruas o Direito a Vida !


Publicada dia 10/12/2025 18:40

Mulheres de várias regiões de São Paulo se levantaram neste domingo (7), contra a epidemia de feminicídios que explodiu nos últimos dias, onde homens assassinos passaram a usar requintes de crueldade para retirar a vida de inúmeras mulheres em todo o Brasil, mas principalmente em São Paulo e sua capital. A manifestação foi organizada por entidades feministas que também integram o Movimento Nacional Mulheres Vivas.

O ato, marcado com concentração às 14h na Av. Paulista contou com larga adesão de todos movimentos sociais, como a FACESP que marcou presença com sua diretora, Nilda Neves e os diretores Fábio e Tonhão que se somaram a um mar de outros grupos e coletivos que vieram gritar palavras de ordem como “Nenhuma a Menos”, “Deixem de nos Matar” ou “Basta de Feminicídio”, após uma semana de casos bárbaros de feminicídio.

A mobilização “Mulheres Vivas” teve nas faixas e nas falas, das mulheres sindicalistas, estudantes, parlamentares e militantes o pedido pelo o fim da violência contra as mulheres e penas mais duras para crimes motivados por misoginia, estimulados por discursos de ódio que banalizam a vida das mulheres, a sua existência e liberdade

Um dos casos mais chocantes foi a tentativa de feminicídio contra Tainara Santos que teve as duas pernas amputadas após ser atropelada e arrastada por um KM pela Marginal Tietê, pelo “ex. companheiro”. Outros foram os assassinatos da cabo do Exército Maria de Lourdes, de 25 anos, em Brasília, esfaqueada e queimada por um soldado, e outra vítima, de 26 anos, em Montes Claros (MG), morta com golpes de picareta pelo marido, enquanto as filhas dormiam.

Se os crimes contra a vida das mulheres aumentam é porque também a rede de proteção estatal e os governos também estão falhando ou negligenciando essa realidade, a partir de uma estrutura que nega a presença da mulher nos espaços de poder e tolera discursos de ódio. Em 2024, o Brasil registrou o maior número de feminicídios da história desde sua tipificação, em 2015. Foram 1.492 assassinatos, uma média de quatro por dia, conforme dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública.

Em São Paulo, o governo de Tarcísio de Freitas foi criticado duramente pela redução de recursos para medidas de prevenção e acolhimento a vítimas de violência. A dotação orçamentária prevista para a Secretaria de Políticas para Mulheres em 2026 é de R$ 16,5 milhões, menos da metade do total aprovado na Assembleia Legislativa de São Paulo para este ano, de R$ 36,2 milhões.

O protesto na avenida Paulista se somou a outros realizados em capitais e cidades nas cinco regiões do país como Porto Alegre (RS), Belém (PA) e Cuiabá (MT), Rio de Janeiro (RJ), Vitória (ES), Belo Horizonte (MG), Maceió (AL), Fortaleza (CE), São Luís (MA), João Pessoa (PB), Recife (PE), Teresina (PI), Natal (RN), Rio Branco (AC), Manaus (AM), Boa Vista (RR), Palmas (TO), Florianópolis (SC), Curitiba (PR), Campo Grande (MS), Goiânia (GO) e Brasília (DF) e Salvador (BA).

por Tonhão – Comunicação FACESP

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