Movimentos debatem na Câmara Municipal de SP, a necessidade da implantação de serviços básicos em ocupações e assentamentos precários

Publicada dia 03/12/2021 12:49

A Câmara Municipal de São Paulo promoveu hoje, o Seminário: “Acesso a Água e Energia – Regularização dos Serviços Essenciais”, organizado pela Comissão Extraordinária de Direitos Humanos e Cidadania. O objetivo foi colocar na mesma mesa o legislativo municipal, as concessionárias de água e energia, os movimentos de moradia, defensores públicos e o setor acadêmico. Giuliano, assessor Suplicy mediou o debate.

A SABESP foi representada por Angela Biancolini, que falou do Programa Água Legal e seus resultados, desde 2016, promovendo regularização de água em assentamentos precários, estabelecendo relação com as comunidades e levando geração de renda, urbanização e um endereço para as famílias. A ENEL esteve presente através de seu Diretor de Relações Institucionais, Marcos Mesquita, que relatou a vontade da empresa, de “transformar consumidores em clientes”.

Mesquita também falou da dificuldade de entrar em áreas periféricas ou de mananciais sem autorização do poder público, e da nova tarifa social, onde uma parte é paga pelo cliente e outra pelo governo, muito interessante para empresa. Diante do debate provocado por movimentos que ocupam prédios na região central, falou da possibilidade do medidor coletivo.

Diretor da FACESP e do MDM, Tonhão que acompanha o problema da falta desses serviços públicos, na periferia, expôs dois casos: Jd. Felicidade e sua luta para regularizar a rede elétrica que não é compatível com a demanda, além de instalação de medidores de consumo. No Jd. Embura, a alegação da SABESP é o zoneamento ambiental, embora o bairro esteja entre Parelheiros e Marsilac, que tem as mesmas características, mas é abastecido por água. Difícil explicar o inexplicável, para quem precisa tirar água de um poço ao lado duma fossa.