Movimentos batem a porta da ENEL para pedir o fim dos apagões e rompimento do contrato com a empresa estrangeira
Publicada dia 17/12/2025 13:39
São Paulo enfrentou mais um grave apagão que deixou mais de 2 milhões de pessoas sem energia por dias . A incompetência da ENEL é o resultado direto de um modelo de privatização que prioriza o lucro de acionistas em detrimento do serviço básico ao cidadão. Enquanto a população perde alimentos, medicamentos e o comércio e serviço sofrem prejuízos bilionários, o governo estadual segue entregando outros bens essenciais, como a Sabesp, ao controle privado.

Por esse motivo, movimentos sociais realizaram um ato nesta terça (16), no posto de atendimento da Enel em Santo Amaro, na zona sul de São Paulo, para denunciar o recente apagão que deixou milhões de moradores a própria sorte e sem luz. Os manifestantes ocuparam o local e utilizaram cartazes e palavras de ordem para protestar contra a precarização dos serviços prestados pela concessionária italiana, apontando a redução de equipes de manutenção e o atraso no restabelecimento da luz como consequências diretas da busca pelo lucro em detrimento da qualidade do serviço essencial.

A mobilização organizada pela FACESP, MDM, UP e PUCS também teve como alvo central a política de desestatização do governador Tarcísio de Freitas, criticando duramente o avanço das privatizações no estado, como a da Sabesp. Para os movimentos presentes, o “caos da Enel” serve como um alerta do que pode ocorrer com outros setores estratégicos, como o fornecimento de água, agora sob o controle da iniciativa privada, sem a devida fiscalização e compromisso social.

Enquanto o ato ocorria em Santo Amaro, o cenário político seguia tenso, com o governador Tarcísio de Freitas, cinicamente, encenava pedidos de intervenção federal na Enel. Por outro lado, as entidades sociais reforçaram que a solução não passa apenas pela troca de concessionária, mas pela reestatização e pelo fortalecimento do controle público sobre serviços básicos para evitar que a população continue sendo “refém” de falhas estruturais e da falta de investimentos.

por Tonhão – Comunicação FACESP




