11 de Agosto – a luta se repete para que a História não vire farsa

Publicada dia 11/08/2022 10:16

por Tonhão – Comunicação Facesp

11 de Agosto, o dia Histórico que se repetiu, após 45 anos, em defesa da democracia e de eleições livres. Foi assim em todo país onde foram apurados, pelo menos 86 atos em 49 cidades, incluindo as 26 capitais e o Distrito Federal. O palco em SP também foi o mesmo, o solo sagrado da Faculdade de Direito do Largo São Francisco/USP, terreno adubado pela liberdade, sede de direitos e democracia.

Um mar de gente (mais de 10 mil pessoas) lotou as ruas em frente o Largo São Francisco. Do lado de dentro, cada metro quadrado, incluindo o pátio, o salão nobre, salas e corredores foram tomados por aqueles que insistiam em ver a história acontecer diante de seus olhos. No dia do estudante e do advogado, duas cartas memoráveis foram lidas: a da FIESP e Centrais Sindicais – “Em Defesa da Democracia e da Justiça”, e a da USP – “Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em Defesa do Estado Democrático de Direito!”, que já ultrapassou 1 milhão adesões que vão de simples cidadãos a personalidades.

Entre as lideranças políticas que registraram presença: Marina Silva (Rede) e Márcio França (PSB), Orlando Silva e Leci Brandão (PCdoB), além do ex. jogador Casagrande, a Chef de cozinha Bela Gil, o escritor Marcelo Rubens Paiva, o professor de direito Sílvio Almeida, o sindicalista Adilson Araújo (CTB) e a líder estudantil Bruna Brelaz (UNE), entre outros. Até Daniela Mercury cantou ao povo do alto de uma sacada. O momento alto, de maior emoção, foi durante a execução do Hino Nacional, onde todos cantaram a plenos pulmões com lágrimas nos olhos.

No fim da tarde, em São Paulo, a manifestação aconteceu no vão do MASP, na avenida Paulista, onde uma massa de mais de 12 mil pessoas foi mobilizada pelos movimentos sociais que formam a “Campanha Fora Bolsonaro”. Foi o segundo tempo de um dia nacional de luta que trouxe para rua aqueles que são os mais afetados pela falta de democracia, traduzida em falta de comida, de emprego e salário decentes, de moradia, e de falta de respeito às suas diferenças por etnia, gênero ou opção sexual.

A FACESP esteve na coordenação do ato, com seu diretor Tonhão, que também mobilizou os dirigentes e associados do MDM e MNDPSR. Sindicalistas, lideranças estudantis, representante de povos indígenas, movimentos de moradia e da população LGBTQIA+ também ocuparam as falas para dizer que não existe democracia sem o atendimento de suas pautas e que hoje cabe a essa geração defender as liberdades e os direitos conquistados por aqueles que lá atrás deram suas vidas para isto.