Presidente Lula inaugura diálogo mais profundo com movimentos sociais nacionais

Publicada dia 20/07/2024 10:06

A CONAM foi uma das 70 entidades que nesta sexta (19) reuniu-se com o presidente Lula, no bairro de Campos Elíseos, sede do Armazém do Campo, local em que são comercializados produtos orgânicos produzidos pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). O encontro, denominado “Diálogos com o Presidente Lula”, foi construído pelas Frentes Brasil Popular, Povo sem Medo e o Fórum das Centrais Sindicais.

Representando o governo, além do presidente Lula, estavam o ministro chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo; o ministro da Fazenda, Fernando Haddad; e o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira.

Foi a primeira reunião realizada desde a eleição do presidente Lula com os setores organizados da sociedade. Pelos movimentos sociais foram garantidas 10 falas que buscaram abranger as pautas defendidas pelas frentes e pelo movimento sindical, qual sejam: reforma agrária, retomada da indústria, valorização do trabalho com geração de emprego, mais investimentos na educação, saúde, moradia e mais participação popular.

Apesar das cobranças, os movimentos não deixaram de reconhecer os esforços do governo em várias áreas como aumento no emprego, política de valorização do salário mínimo, pé de meia, Minha Casa Minha Vida, Bolsa Família, redução do desmatamento na Amazônia, entre outros. O próprio presidente Lula fez um balanço positivo, apontando um horizonte mais favorável diante das medidas tomadas pelo governo, no âmbito fiscal, depois da derrubada do famigerado “teto de gastos”.

O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, rebateu as críticas da direita e dos liberais contra a Reforma Tributária, argumentando que ela vai pesar mais sobre as camadas mais ricas da sociedade para poder garantir maior renda aos trabalhadores e aos mais pobres. O ministro no entanto não deixou de ser criticado pela proposta de déficit zero, dos cortes que poderão atingir áreas sociais e mesmo ítens do arcabouço fiscal.

Ao final, os movimentos solicitaram ao presidente Lula e seus ministros, um maior diálogo, a partir de agora, garantindo um aprofundamento na participação popular. Também pediram a realização de mais dois encontros como este até o final do ano, e que o governo melhore sua comunicação com a sociedade, dando mais publicidade às suas ações.

O encontro teve grande simbologia política, pois os movimentos que foram importantes na eleição do presidente Lula, podem ser mais importante depois dele eleito, fazendo a disputa sobre os rumos do governo, seu orçamento e suas prioridades. O papel dos movimentos e sindicatos é apresentar as demandas de sua base social ao mesmo tempo que as relaciona com um projeto de desenvolvimento nacional que eleve o bem estar de toda a população.

por Tonhão – Comunicação FACESP