Jornada de Lutas mobiliza movimentos em São Paulo, que marcam audiências com Tribunal de Justiça/SP e Superintendência da CAIXA


Publicada dia 17/07/2021 13:01

Nesta sexta-feira(16), movimentos populares urbanos ocuparam as ruas de todo o país durante a Jornada de Lutas para pedir mais agilidade na vacinação contra a COVID-19 e chamar atenção contra os retrocessos políticos, econômicos e sociais que o atual governo federal vem causando na vida da população brasileira. Ao mesmo tempo em que o povo está nas ruas do centro da cidade, Praça da Sé, um documento foi protocolado na Caixa Econômica Federal, elencando as pautas e reivindicações dos movimentos. Na tarde de ontem(15) uma comissão com as entidades: FACESP, MLB, CMP e FLM foi recebida pelo TJ/SP para tratar dos despejos judiciais.

O ato que foi puxado na Capital de São Paulo por Entidades como a FACESP e suas parceiras: MUHAB, MDM, MRFU e MNPR tem como lema “Vacina no Braço, Comida no Prato, Moradia Popular e Fora Bolsonaro” e aconteceu em, pelo menos, 10 estados brasileiros. Entre os movimentos populares que articulam nacionalmente a ação estão a CONAM (Confederação Nacional das Associações de Moradores), CMP (Central dos Movimentos Populares), o MLB (Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas), MNLM (Movimento Nacional de Luta pela Moradia), MTD (Movimento de Trabalhadores e Trabalhadoras por Direitos), e UNMP (União Nacional por Moradia Popular).

A manifestação que reuniu, num curto período mais de 2000 pessoas, marca a retomada unitária dos movimentos às ruas, colocando em evidência a pauta da moradia e a suspensão dos despejos, que aumentou muito na pandemia, assim como também aumentou o número de moradores em situação de rua, que praticamente dobrou no município de São Paulo. A principal causa que levou a população a optar por ocupações em áreas que não cumprem a função social da propriedade, foi o desemprego, a redução do Auxílio Emergencial e o alto custo dos aluguéis.

Considerando essa triste realidade que vive o povo brasileiro, é necessário que os movimentos urbanos lutem para retomar programas e projetos habitacionais para famílias de baixa renda, com subsídios e fomento à moradia de interesse social. Mais de 90% do déficit habitacional compreende famílias de baixa renda e que não tem como buscar moradia no mercado. O Estado é insubstituível na garantia de direitos, que não podem ser tratados como mercadoria. Portanto, o direito constitucional a moradia deve ser visto como forma de reduzir as desigualdades e exclusão.

por Tonhão – Comunicação FACESP

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