Após inoperância de empresa privatizada de luz, FACESP e movimentos protestam na Paulista


Publicada dia 07/11/2023 12:31

Em uma mobilização realizada na Paulista, na tarde desta segunda-feira (6), entidades protestaram contra a falta de luz na região metropolitana de São Paulo e a privatização do setor elétrico. O ato relâmpago expressou solidariedade a mais de um milhão de paulistanos que passam desde a sexta-feira (3) a privação de energia, acumulando prejuízos no comércio, bares, restaurantes e nos alimentos em casa. Até hospitais tiveram dificuldades para manter serviços. A previsão da ENEL é que toda a população afetada, que chegou a 2,1 milhões no pico de desabastecimento, tenha energia até terça (7), cinco dias depois.

O ato que teve a FACESP como uma de suas encabeçadoras, reuniu representantes de várias entidades, entre elas, o MDM – Movimento pelo Direito à Moradia, Ong do Futuro, PCdoB – Capital, UNEGRO, CMB – Confederação de Mulheres do Brasil, CMP – Central de Movimentos Populares, Bancada Feminista da ALESP, Sindicato dos Condutores, PUCS – Projeto Urbano Cidade Saudável, MAB – Movimento dos Atingidos por Barragens, UBM – União Brasileira de Mulheres, CTB – Central Trabalhadores do Brasil, Bancada Feminista PSOL – Ver. Sílvia, Gabinete Deputado Federal Orlando Silva – PCdoB/SP, Gabinete Deputada Estadual Leci Brandão – PCdoB/SP e Sindificot – Fiscalização Transporte.

Nas falas foi minimizado o papel da natureza como a causa de tais problemas. Ventos fortes e chuvas podem ocasionar interrupções no fornecimento de energia elétrica, mas a iniciativa privada, que visa o lucro em detrimento da preparação para enfrentar situações como essas, é o verdadeiro problema. Após o temporal, a ENEL se mostrou totalmente despreparada para retomar o fornecimento do serviço. Com demissões recentes que chegam a 36% de seu quadro, a empresa desqualificou o atendimento à população.

Os trablhadores da ENEL caíram de 23.385 para 15.366 em quase quatro anos, enquanto houve o aumento de 7% nos consumidores atendidos. Os dados consideram os empregados da própria empresa e os terceirizados. A mentalidade de lucro acima de tudo leva a uma falta de preparação e de atendimento adequado em situações de crise.

A energia é apenas uma das áreas afetadas pela onda de privatização que tem avançado no estado de São Paulo. Várias lideranças sociais enfatizaram que se não houver resistência, “se a população de São Paulo não se juntar àqueles que são contra esse programa de privatização do Estado”, amanhã a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – SABESP será a ENEL de hoje. Eles alertaram que a situação atual poderá se repetir com a iminente privatização da SABESP, Metrô e CPTM que tramita na ALESP, por iniciativa do “vendilhão” Tarcísio de Freitas.

A manifestação na Avenida Paulista serviu como um grito de indignação contra a negligência na prestação de serviços públicos e como um apelo à preservação dos direitos do povo e ao controle estatal dessas áreas vitais para a sociedade. Os movimentos sociais estão em alerta e apurando um plebiscito popular que roda a mais de um mês no estado, coletando votos contra a privatização do saneamento e dos tranportes sobre trilhos.

por Tonhão – Comunicação FACESP

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