Faculdade de Direito do Largo São Francisco reúne patriotas que defendem soberania do Brasil
Publicada dia 26/07/2025 16:25
Nesta sexta (25), a Faculdade de Direito do Largo São Francisco da USP foi anfitriã do Ato Contra o Tarifaço de Trump e o lançamento da Carta em Defesa da Soberania Nacional. A Carta foi elaborada pelo Comitê em defesa da Soberania e conta com a adesão de quase 200 organizações da Sociedade Civil, incluindo entidades como UNE, CTB, CONAM e MST, que busca unir os brasileiros e brasileiras na Defesa do Brasil.

O ato foi aberto por Celso Campilongo – Diretor do Curso de Direito da USP, que fez um histórico da luta pela Democracia no Brasil. No meio de sua fala gritos entoaram: “não à tirania, soberania não se negocia”, “sou brasileiro com muito orgulho” e “sem anistia”. Campilongo disse que “o que está em jogo é uma ordem mundial que seja democrática, que respeite as instituições e direito internacional. O que está sendo ameaçado não é apenas a soberania do Brasil, é a lei internacional. Hoje é conosco, amanhã com quem?”

Esse ato se soma ao já realizado no dia 10 de julho, na Paulista (que os ricos paguem a conta), que reuniu mais de 15 mil pessoas e agora ao do dia 1 de agosto, no Consulado dos EUA para protestar contra a intromissão de Trump, abusando de tarifas para pressionar o judiciário brasileiro a retirar as denúncias contra bolsonaro. Todo esse movimento conspiratório contra o Brasil é feito por Flávio, filho de Bolsonaro que aposta contra a economia brasileira, para defender seu pai que está prestes a ser preso e já usa tornozeleira eletrônica.

Além de atacar a soberania do Brasil e seu judiciário, Trump também ameaça o PIX, aplicativo de pagamento instantâneo e gratuito criado pelo Banco Central, por concorrer com empresas americanas. O autocrata dos EUA chega ao ponto de duvidar da dignidade dos comerciantes e comerciários da Rua 25 de Março, ameaçando de sanções o comércio do centro de São Paulo, chamando-o de pirataria. Tal agressão rendeu um ato no dia 18 de julho com a participação de sindicatos, partidos e movimentos sociais, em apoio aos trabalhadores e seus empregos.
Tonhão – Comunicação FACESP

Leia a íntegra da carta:
Carta em defesa da soberania nacional
“A soberania é o poder que um povo tem sobre si mesmo. Há mais de dois séculos o Brasil se tornou uma nação independente. Neste período, temos lutado para governar nosso próprio destino. Como nação, expressamos a nossa soberania democraticamente e em conformidade com nossa Constituição.
É assim que, diuturnamente, almejamos alcançar a cidadania plena, construir uma sociedade livre, justa e solidária, erradicar a pobreza e a marginalização, reduzir as desigualdades sociais e regionais e, ainda, promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
Nas relações internacionais, o Brasil rege-se pelos princípios da independência nacional, da prevalência dos direitos humanos, da não-intervenção, assim como pelo princípio da igualdade entre as nações. É isso o que determina nossa Constituição.
Exigimos o mesmo respeito que dispensamos às demais nações. Repudiamos toda e qualquer forma de intervenção, intimidação ou admoestação, que busquem subordinar nossa liberdade como nação democrática. A nação brasileira jamais abrirá mão de sua soberania, tão arduamente conquistada. Mais do que isso: o Brasil sabe como defender sua soberania.
Nossa Constituição garante aos acusados o direito à ampla defesa. Os processos são julgados com base em provas e as decisões são necessariamente motivadas e públicas. Intromissões estranhas à ordem jurídica nacional são inadmissíveis.
Neste grave momento, em que a soberania nacional é atacada de maneira vil e indecorosa, a sociedade civil se mobiliza, mais uma vez, na defesa da cidadania, da integridade das instituições e dos interesses sociais e econômicos de todos os brasileiros.
Brasileiras e brasileiros, diálogo e negociação são normais nas relações diplomáticas, violência e arbítrio, não! Nossa soberania é inegociável. Quando a nação é atacada, devemos deixar nossas eventuais diferenças políticas, para defender nosso maior patrimônio. Sujeitar-se a esta coação externa significaria abrir mão da nossa própria soberania, pressuposto do Estado Democrático de Direito, e renunciar ao nosso projeto de nação.
Somos cem por cento Brasil!!”
Comitê em Defesa da Soberania Nacional