FACESP presente Seminário sobre Moradia e Organização Social em Carapicuíba
Publicada dia 03/11/2025 18:45
Várias lideranças estiveram presentes nesta quarta (29) no Seminário – “Habitação Popular e Organização Social” realizado na cidade de Carapicuíba – Sede da OAB, organizado pelas entidades: FACESP, MRFU e AMOVIMA com o objetivo de formação para ativistas que atuam na luta pela moradia e regularização fundiária, trazendo maior compreensão política sobre a necessidade da organização social nos territórios.

A abertura se deu as 17 horas com as saudações de Dona Maria do Carmo e Maria de Lourdes, respectivamente, presidente e vice-presidente da AMOVIMA, além de Tonhão e André Araújo (FACESP/MRFU), que agradeceram a presença de todos e todas que estavam ali, mesmo numa tarde chuvosa. Também registraram a gratidão a OAB pela concessão do espaço para o debate.
Sobre o primeiro tema conjuntura nacional e estadual, Tonhão tratou dos seguintes pontos: Intromissão dos EUA nas questões internas do Brasil; Tarifaço; Ameaça e sanções a membros do judiciário brasileiro; Posicionamento do Brasil sobre Palestina; Fortalecimento de Lula ao enfrentar Trump e defender o judiciário; retirada do Brasil do Mapa da Fome tirando 24 milhões de famílias dessa condição. Sobre SP: Tarcísio abandona SP pra ir a Brasília defender anistia pra golpista e fazer campanha; Corte de 11 bi educação; Privatização: Sabesp/EMAE; Edital abr/26 para privatizar gestão de 143 escolas; Estradas e 37 pedágios “free flow” impedindo o direito de “IR e VIR”.

Sobre a habitação, Tonhão assinalou que a CDHU não produz mais nada, vive de parcerias com municípios e Governo Federal, através do Programa Casa Paulista que apenas repassa entre 10 e 16 mil, conforme localização, para os parceiros. Na sequência, Cida Peres e Wanderley falaram sobre a atualidade política, mas principalmente sobre a realidade de Carapicuíba.
Sobre o tema da Regularização Fundiária, André Araújo registrou que é um dos maiores problemas na área da moradia, colocando que não basta regularizar o terreno, se não regularizar as construções, e também destinar orçamento para assessoria técnica para tal trabalho. Por último, disse que Carapicuíba tem um Plano Diretor precário e que já passou o tempo de sua revisão. Também observou, juntamente com Wanderley, que o recente projeto habitacional da Prefeitura transfere terras públicas para setor imobiliário, sem garantias de atender famílias de baixa renda.

O arquiteto/urbanista Victor Chinaglia, do CAU/SP também falou da importância de ATHIS (assessoria técnica para habitação de interesse social), de regularização e das escolhas que as prefeituras fazem, definindo áreas de risco para pobre e permitindo que a especulação imobiliária possa lucrar sobre as mesmas áreas.
Dona Maria do Carmo falou das famílias ameaçadas em ocupações de Carapicuíba como a da Vila Municipal, Porto de areia e outras, enquanto que a prefeitura se mantém insensível ao problema. Na sequência, caminhou-se para o encerramento, agradecendo a importantes lideranças presentes, como Tais, Joelson e Pimentel.
por Tonhão – Comunicação FACESP





