Movimentos reagem ao golpe da base parlamentar de Nunes para vender a SABESP


Publicada dia 19/04/2024 18:32

A manobra do presidente da Câmara, Milton Leite, em votar da noite para o dia, o projeto para privatização da SABESP, fez com que a FACESP e a sociedade civil da cidade de São Paulo, representada por dezenas de movimentos, entidades e sindicatos se concentrasse em frente da CMSP, em uma mobilização organizada em poucas horas, para rechaçar a proposta indecente.

A compulsão de Tarcisio de Freitas por vender aquilo que é do povo, combinada com um desejo insaciável pela reeleição, por Ricardo Nunes, levaram ambos governantes e seus respectivos legislativos a ignorarem solenemente a vontade do povo, através de pesquisas como a QUAEST, em que 52% dos paulistanos rejeitam a privatização da SABESP.

Na tarde desta quarta (17), o vereador Milton Leite, com seu coronelismo usual, berrou com colegas, cortou microfone de vereadores da oposição, limitou tempo de fala, e ainda houve manifestante expulso da galeria e outro preso, demonstrando o caráter anti-democrático de quem preside hoje a Câmara. Para evitar pressão popular, não deixaram que a galeria fosse totalmente ocupada, enquanto que assessores de vereadores da base de Nunes ocuparam cadeiras para provocar os manifestantes e os vereadores da oposição.

Do lado de fora, dois equipamentos móveis de som permitiam que lideranças comunitárias, sindicais e parlamentares protestassem contra o golpe da votação, feita às pressas, antes mesmo que encerrasse o ciclo de audiências públicas para se ouvir a população, principalmente as que ainda vão ocorrer em Parelheiros e Guarapiranga. A domesticada bancada governista seguiu a ordem de cima e deu 36 votos pela entrega da SABESP, contra os 18 vereadores que votaram pelo povo e contra a privatização.

A luta não acabou, e os vereadores da CCJ que aprovaram por 5 votos a 3, o “PL da Privatização”, sendo eles: Ricardo Teixeira (União Brasil), Sansão Pereira (Republicanos), Thammy Miranda (PSD), Marcelo Messias (MDB); Dr. Milton Ferreira (Podemos), serão expostos publicamente, por lesar o direito a água para a população e por privilegiar interesses financeiros.

Aqueles, que também em 1ª votação, nesta quarta (17), traíram a vontade do povo, enfrentarão a população e suas organizações populares nas 4 audiências públicas restantes, na 2ª votação na Câmara, nas ruas e na Justiça, e saberão em outubro, que o povo não perdoa quem retira os seus direitos mais básicos, como água e saneamento.

Audiências que ainda vão acontecer:

20/04 – sábado – 09 horas – Local: CEU Parelheiros/R. José Pedro Borba, 20 – Parelheiros;

22/04 – segunda – 11 horas – Local: Salão Nobre – Câmara Municipal e Virtual;

24/04 – quarta – 11 horas – Local: Salão Nobre – Câmara Municipal e Virtual;

27/04 – sábado – 09 horas Local: CEU Guarapiranga/Estrada da Baronesa, 1120.

por Tonhão – Comunicação FACESP

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