No dia de Luta das Mulheres MDM e FACESP reafirmam a Defesa da Democracia
Publicada dia 10/03/2020 11:55
Marcada para as 14h, na Av. Paulista, o ato convocado por mais de 80 entidades entre coletivos, movimentos sociais e sindicatos celebrou o Dia Internacional da Mulher embaixo de chuva, mas com muita animação de milhares de mulheres que reservaram o domingo para defender a democracia e denunciar todas as formas de preconceito e discriminação a que são submetidas, e que em grande parte são estimuladas por Bolsonaro e figuras de seu governo.
Movidas por um sentimento de indignação registrado em faixas, camisetas, cartazes e no próprio corpo, elas se concentraram na Av. Paulista e seguiram em passeata pela Rua Augusta, até a praça Roosevelt, onde o ato foi encerrado. Ao longo dos quase 5 km, inúmeras lideranças feministas se revezaram nos carros de som, demonstrando suas insatisfações com o sucateamento das políticas públicas que tornam suas vidas mais difíceis e sofrida. Assim, mulheres negras, da moradia, jovens, LGBTs, sindicalistas, estudantes, entre outras expressaram politicamente o seu protesto e alertaram a sociedade sobre o risco que corre a democracia brasileira.
Uma novidade neste “8 de março” foi a forte adesão de grupos de mulheres evangélicas, que gritaram em em alto e bom som, que a bancada evangélica de deputados(as) no Congresso, que estão ao lado de Bolsonaro, “não as representam”. Também disseram á imprensa que “Bolsonaro não é cristão coisa nenhuma” e que cristão de verdade não apóia ditadura, o ódio e a violência. “O mandamento que Jesus trouxe foi o amor, o acolhimento. Qualquer ato que desumaniza o outro, como homofobia, racismo, misoginia e xenofobia, nós compreendemos como pecado estrutural”, afirmou a ativista ao jornal Folha de São Paulo.
Matéria por Tonhão – Comunicação MDM/FACESP