FACESP integra comitê na ZS que denuncia descaso da SABESP, após privatização

Publicada dia 25/04/2025 19:52

Mesmo com chuva e frio, dezenas de lideranças comunitárias e movimentos sociais saíram às ruas do Jd. Ângela (ZS), na manhã desta sexta (25) para protestar contra a venda da SABESP, feita pelo governador Tarcísio de Freitas, e em concordância com o prefeito Ricardo Nunes e sua maioria na Câmara Municipal. A empresa de 50 anos foi entregue ao Grupo Equatorial (que tem por trás o banco Opportunity, do suspeito banqueiro, Daniel Dantas, envolvido em corrupção e lavagem de dinheiro), além de investidores da bolsa de valores.

A privatização levou ao sofrimento da população, com a precarização do serviço de saneamento, conforme disse Tonhão, diretor da FACESP: “foi a crônica da tragédia anunciada: falta d’água, tarifas abusivas e água de péssima qualidade, com coloração amarela e mal cheiro”. Ele também lembrou: “a privatização da água não funcionou em lugar nenhum do mundo, e aqui nem no setor elétrico (Enel) ou transporte (linhas 8 e 9 CPTM).

O ato foi organizado pelo Comitê de Luta Contra a Privatização da SABESP que reúne até o momento 30 entidades, vinculadas a movimentos sociais. Eles se concentraram a partir das 6:30h da manhã no Lgo Jd. Ângela, onde fizeram várias falas aos trabalhadores(as) e dali partiram em caminhada para a Igreja São José Operário, no Capão Redondo. Durante o trajeto as várias lideranças se alternaram nas falas, entre elas, a companheira Cleide de Embu Guaçu, que denunciou a falta frequente de água e o abastecimento a base de caminhões pipa, e Coleirinha do Sintaema, que falou da demissão em massa dos trabalhadores.

A luta contra os efeitos da privatização ainda vai longe e o movimento vai se fortalecendo, a medida que canaliza a indignação popular pelos maus serviços prestados pela SABESP privatizada. É possível vencer e isso já aconteceu em mais de 300 cidades no mundo, que reestatizaram seus serviços de água e saneamento.