Dirigente da FACESP dá entrevista sobre a resistência armada durante a ditadura

Publicada dia 29/01/2025 17:47

Em 28/01, o Diretor da FACESP, Fábio Chagas, que também é historiador, participou do Programa Podcast Mesa de Debates para debater o tema: “Luta armada e resistência contra a ditadura militar”, assunto esse, que embora muitos não queiram, voltou à tona com o filme “Ainda estou aqui”, do diretor Valter Salles, e brilhante atuação de Fernanda Torres, que levou a história do Brasil para o mundo, com reconhecimento e premiações.

Chagas pontuou os vários períodos históricos do Brasil, passando pela Campanha pela Legalidade, liderada por Brizola no RS, em 1961, que garantiu a posse de João Goulart, até os vários grupos que resistiam através da luta armada, aos ataques da ditadura que foi implantada em 1964 e endureceu a partir de 1968 com o AI-5.

Neste período mais duro do governo militar golpista, os grupos vanguardistas envoltos em muita coragem, mas sem conseguir se ligar as massas, foram perseguidos e muitos aniquilados. Entretanto foram importantíssimos para desgastar a ditadura, organizações como MNR de Brizola, ALN de Mariguela, VPR de Lamarca, MR-8 de Stuart Angel e a maior guerrilha, desde Canudos, denominada “Guerrilha do Araguaia, de Osvaldão”, sob direção do PCdoB.

O professor Fábio também fez questão de lembrar da bravura de uma mulher que fez parte desses grupos, a ex. presidente Dilma Russef, que foi presa e torturada, e ainda assim não delatou seus companheiros. Ele terminou dizendo que “precisamos estabelecer um patamar civilizatório, e esse patamar é a democracia”.

por Tonhão – Comunicação FACESP